Acenda-se
Acendo-a para as minhas orações
Um brilho pequeno se fez
Não conseguia ver ao menos minhas mãos
Tomei então uma lamparina próxima ao chão
Alguns minutos se passaram
E a luz se foi novamente
A prece havia terminado
Não percebendo o estado do brilho
Passaram os dias
Novamente coloquei-me a orar
Reacendi o brilho que mais uma vez
Tornou-se pequeno naquela vasta escuridão
Conhecedor desse feito
Já havia preparado a lamparina
Mas para minha surpresa
A lâmpada havia queimado
Éramos apenas eu e a pequena luz
Naquele instante comecei a chorar
Por vezes imaginei que o brilho
Iria se expandir ocultando o medo
Uma leve brisa tocou meu rosto
E ao deparar-me com o brilho
Notei que lágrimas escorriam
Na beleza e vigor do esplandecente brilho
Percebi que aquela luz
Sabia que para se destacar
Necessitava de "morrer" de si
Para alegrar os demais
Vi que a nossa vida
Somos mais lamparinas
Estamos prontos para sermos utilizados
Onde no primeiro defeito ocorre o descarte
Já a Vela começa com um brilho pequeno
Sendo que ao passar dos instantes
Nota que precisa se expandir
E fica feliz por isso mesmo sábia do seu destino
Ser vela e ser luz
Assumir e vivenciar os ganhos e acertos
Chorar pelas perdas de si próprio
Tendo a certeza que o final, não é o fim .
Escrito por: Saymon Viegas!=)
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